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d boscoTodos os anos, em janeiro e seguindo o exemplo de D. Bosco, o Superior Geral dos Salesianos, o Reitor- mor D. P. Ángel Fernández Artime, SDBl escreve uma carta para as Filhas de Maria Auxiliadora mas que se estende a toda a Família Salesiana. Este ano o tema é Bons cristãos e honestos cidadãos, partindo também da única política que D. Bosco sabia fazer: a do Pai- nosso.

No final do lema (carta) apresenta este maravilhoso discurso de D. Bosco que partilhamos convosco. O caminho para os dias de hoje é apostar na educação mas é necessário deixar educar.

Discurso feito por D. Bosco aos ex-alunos, em 15 de julho de 1883 no Oratório para celebrar Dom Bosco. Boa parte do discurso de D. Bosco refere-se à política. É bastante iluminador e em muita sintonia com o que se vive…. 

“Além da ajuda do céu, o que facilitou e facilitará praticarmos o bem é a própria natureza da nossa obra. O intuito que nós buscamos a torna bem-vista por todos os homens, inclusive pelos que em questão de religião não pensam como nós. Se há alguém que nos hostiliza é preciso dizer que não nos conhece ou então que não sabe o que aqui se faz. A instrução civil, a educação moral da juventude abandonada ou em situação de risco, para subtraí-la ao ócio, à má vida, à desonra, talvez também à prisão, eis a que visa a nossa obra. Ora, qual pessoa ajuizada, qual autoridade civil poderia impedi-la??

Ultimamente, como sabeis, estive em Paris e preguei em diversas igrejas para perorar a causa das nossas obras e, digamos francamente, para conseguir dinheiro a fim de providenciar pão e sopa para os nossos jovens que nunca perdem o apetite. Ora, entre os ouvintes havia os que compareciam somente para conhecer as ideias políticas de Dom Bosco; pois alguns supunham que eu tinha ido a Paris para proclamar uma revolução; outros, para buscar sócios de um partido e assim por diante; de modo que havia pessoas bondosas que realmente temiam me acontecesse alguma brincadeira de mau gosto. Mas, desde as primeiras palavras, acabaram-se todas as ilusões, caíram todos os temores e Dom Bosco foi deixado livre para correr de uma ponta a outra da França. De fato, com a nossa obra não fazemos política; nós respeitamos as autoridades constituídas, observamos as leis que é preciso observar, pagamos os impostos e tocamos para frente, somente pedindo que nos deixem fazer o bem à juventude pobre e salvar almas. Se se quiser, nós também fazemos política, mas de modo totalmente inocente, antes, vantajoso para cada governo.

A política se define como a ciência e a arte de bem governar o Estado. Ora, a Obra dos Oratórios na Itália, na França, na Espanha, na América, em todos os países onde já se estabeleceu, dedicando-se especialmente a fazer o bem à juventude mais necessitada, tende a diminuir o número dos maus e vagabundos, dos pequenos malfeitores e pequenos ladrões, a esvaziar as prisões, numa palavra, tende a formar bons cidadãos que, longe de dar problemas às autoridades públicas, são de apoio para elas, a fim de manter na sociedade a ordem, a tranquilidade, a paz.

Esta é a nossa política; desta somente nos ocupamos até agora, desta nos ocuparemos no futuro.[ISS, Fontes Salesianas. Dom Bosco e a sua obra. Edebê, Brasília, 2015, 169.)

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